Vacina da Pfizer tem ampliação de faixa etária aprovada

Postado por: Lucas Gazarini

A ANVISA aprovou o uso da vacina da Pfizer contra COVID-19 em crianças de 5 a 11 anos, ampliando a população que pode receber ser vacinada no país. A solicitação aconteceu há pouco mais de um mês, em 12 de Novembro, e passou por diversas etapas de avaliação e solicitação de esclarecimentos e documentos necessários para comprovar a eficácia e segurança em crianças.

Como serão usadas doses menores que as usuais nesse público, as vacinas serão fornecidas em embalagens diferentes, com esquema de embalagem diferenciados por cores, para reduzir o risco de erros de administração em crianças de até 11 anos ou maiores de 12 anos.

Mesmo com essa aprovação, não existe uma data exata para início da vacinação nessa faixa etária no Brasil. A inclusão desse público no Programa Nacional de Imunizações depende da decisão do Ministério da Saúde, bem como a compra dessas doses e logística de distribuição em território nacional, com previsão ainda não divulgada.

Embora crianças tenham, geralmente, quadros leves da doença, a pespectiva de vacinação de crianças traz alívio para uma parcela de pais e/ou responsáveis por reduzir o risco de transmissão, já que o retorno das atividades presenciais aumenta a exposição dessas crianças a pessoas potencialmente contaminadas. Ainda, não se pode descartar o risco do surgimento de novas cepas que causem mortalidade maior, mesmo em crianças, o que reforça a importância da imunização em todas as faixas etárias. Outro ponto é a existência de pessoas que não podem se vacinar (por doenças crônicas ou condições imunológicas particulares) ou pessoas que se recusam (grupos antivacinas ou antivaxxx), o que aumenta a importância de uma maior cobertura vacinal para obtenção de imunidade coletiva e redução do risco para pessoas não-vacinadas.

 

Nunca é demais ressaltar alguns pontos importantes, sempre que se fala sobre as vacinas contra a COVID-19

  • As vacinas usadas atualmente não são experimentais, já que passaram por estudos de fases 1 a 3, que são necessários para aprovação e uso;
  • Qualquer medicamento ou vacina continuam em testes clínicos (fase 4) após aprovação de uso, como forma de avaliar o impacto de uso ao longo do tempo e avaliações constantes de segurança e efetividade na população geral. Por isso, o argumento de que esses produtos são experimentais, por permanecerem nessas fases de estudo, é falacioso;
  • Exceto a CoronaVac, todas as vacinas atualmente utilizadas no Brasil tem registro definitivo junto à ANVISA. A CoronaVac deve solicitar registro definitivo após aprovação da ampliação da faixa etária que pode utilizá-la;
  • Mesmo vacinas com uso emergencial (CoronaVac) passaram por todas as etapas de estudo clínico para obter aprovação junto à ANVISA;
  • A publicação de artigos científicos com os dados dos estudos clínicos não é requisito para aprovação da vacina junto às agências regulatórias. É natural que os estudos sejam publicados, inclusive para aumentar a ampla divulgação dos resultados e transparência. Contudo, todos os dados necessários para aprovação das vacinas são enviados às agências regulatórias no processo de avaliação, mesmo que não tenham sido publicados ainda.

Por isso, se vacine e vacine seus filhos.

Compartilhe:
Veja também