Febre do Oropouche tem tratamento?
A febre do Oropouche é uma doença causada pelo vírus Oropouche (OROV), que vem ganhando destaque na mídia, especialmente pelos novos casos na América do Sul. Recentemente, o Brasil relatou mortes causadas pela doença, pela primeira vez no mundo. Casos de morte fetal envolvendo a transmissão vertical (da mãe para o feto, durante a gestação) estavam em investigação (saiba mais aqui | aqui | aqui). Ao menos um caso já foi confirmado.
Sintomas e uso de medicamentos
Em geral, a infecção tem desfechos benignos. Os principais sintomas da doença incluem:
- Dores de cabeça (cefaleia);
- Febre;
- Calafrios;
- Dor muscular/articular;
- Fotofobia;
- Dor nos olhos;
- Náuseas;
- Diarreia;
- Em casos raros, pode evoluir para meningite.
O quadro clínico é bastante semelhante com o da dengue, exigindo cuidados no diagnóstico diferencial. A duração dos sintomas é aproximadamente 1 semana.
Também de forma semelhante à dengue, não existe tratamento específico: na febre do Oropouche, é preconizado o controle de sintomas, se necessário. Analgésicos e antitérmicos são opções usuais, principalmente paracetamol e dipirona, respectivamente.
Anti-inflamatórios não-estereoidais (AINES) – como ácido acetilsalicílico (AAS), ibuprofeno, diclofenaco, nimesulida – e corticoides – como prednisolona, dexametasona, etc. – são contraindicados, por aumentarem o risco de manifestações hemorrágicas.
Como prevenir?
Como a transmissão acontece por mosquitos (Culicoides paraensis, conhecido como “maruim” ou “mosquito-pólvora”), a prevenção se baseia na proteção da pele (com roupas, mosquiteiro), uso de repelentes e controle populacional dos insetos (evitar focos de água parada, etc.).
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