ANVISA aprova o uso de molnupiravir para COVID-19

Postado por: Lucas Gazarini
Embalagens de Lagevrio®, nome comercial do medicamento contendo molnupiravir nos EUA, Reino Unido e União Europeia.

O molnupiravir é vendido sob nome comercial Lagevrio® nos EUA, Reino Unido e União Europeia (Fonte)

O molnupiravir teve uso emergencial aprovado pela ANVISA, no último dia 04. A decisão foi tomada meses após o envio para avaliação, em 26 de novembro de 2021. O fármaco foi aprovado pelo FDA no final do ano passado e já é utilizado em 17 países, como Japão, Reino Unido e membros da União Europeia. No início deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu o molnupiravir em suas diretrizes terapêuticas para manejo de COVID-19.

O fármaco foi o primeiro antiviral com ação anti-COVID-19 de uso oral anunciado, desenvolvido pela Merck e com fase de testes finalizadas em 2021. Por reduzir em 50% o risco de hospitalização e ter uso oral, o fármaco foi uma das maiores promessas de inovação no tratamento da COVID-19.

O tratamento requer a administração de 800 mg do molnupiravir duas vezes ao dia, ao longo de cinco dias. O medicamento representa uma medida adicional de controle da infecção, especialmente em pacientes com condições que impliquem uma progressão pior da doença.

 

Posicionamento dos diretores da ANVISA

Obviamente, o fármaco não substitui a vacina, já que a última tem ação profilática. Meiruze Freitas, a relatora do processo, completou que: […] a vacinação continua sendo a melhor estratégia para evitar a COVID-19 grave, hospitalizações e óbitos. Aqueles que não completaram o curso completo de vacinação têm mais chances de apresentar sintomas moderados ou graves em comparação com aqueles que receberam um reforço, especialmente os mais vulneráveis”.

O diretor-presidente da da ANVISA, Antônio Barra Torres, ainda adicionou que: “Esse é um medicamento de aplicação bastante específica, que demandará monitorização constante e que, portanto, não se trata de nenhuma panaceia de uso amplo e irrestrito no caso da pandemia de COVID-19, onde a vacina se impõe como carro-chefe.

 

Uma cobertura mais detalhada do processo de aprovação e impacto no Brasil pode ser acessada na ANVISA.

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